#myplaylist: Anos 90 - A década onde todos nos tornamos ecléticos.

A banda Blink-182 no fim dos anos 90. Tom me representando com essa cara de quem se perdeu da mãe no mercado. Mark provavelmente é mãe desesperada. E o Travis é o Travis, amados.

Nota Janeiro/2023:
Post originalmente feito em julho de 2020 e agora atualizado. Espero que gostem!

Oi, gente! Demorei, mas enfim voltei. Tirei um tempinho para me dedicar à minha historinha no Wattpad, porém não poderia esperar mais para falar da década mais doida de todas, principalmente no âmbito musical. Portanto coloque seus fones, arraste os móveis e prepare-se para dançar (aproveitando, você pode conferir os posts das décadas de 60, 70 e 80 que já postei por aqui)!

A década do 90.

Entre 1990 e 1999 rolou muita coisa, cara. Tivemos a dissolução da União Soviética, a eleição de Nelson Mandela, na África do Sul, o movimento dos caras-pintadas aqui no Brasil. Faleceram muitas figuras emblemáticas, como o grande Ayrton Senna, Lady Di (e existem milhões de teorias da conspiração sobre o caso, mas deixa quieto) e o ator River Phoenix (irmão mais velho de Joaquin Phoenix e muito amigo de uma certa banda presente nesse post). Os animes se tornaram muito populares, nosso país foi tetracampeão de futebol e vimos Fernanda Souza como Mili em Chiquititas. E o melhor evento da década claro que foi o meu nascimento, aceitem.

A música nos anos 90.

Nessa época se popularizou o grunge, o rap, o R&B e o teen pop, com um boom das boybands e girlbands. Crescemos junto com a Sandy e o Junior e fomos apresentados ao autotune (também chamado de "O efeito Cher"). O funk carioca começava a ganhar força com artistas como Claudinho e Buchecha e a música eletrônica caiu de vez no gosto do povão. Perdemos grandes nomes, como Freddie Mercury, 2Pac, Notorius B.I.G., os Mamonas Assasinas e Kurt Cobain (falarei dele já, já).

1 - Red Hot Chilli Peppers

Da esquerda para a direita: Anthony Kiedis, Flea, John Frusciante e Chad Smith.

Vamos abrindo os trabalhos com essa banda maravilhosa que atende pelo nome de Red Hot Chilli Peppers. Os pimentinhos foram formados em 1983, em Los Angeles, sob o nome "Tony Flow and the Miraculously Majestic Masters of Mayhem" (Jesus, que nome grande). A formação original contava com Kiedis, Flea, o guitarrista Hillel Slovak e o baterista Jack Irons, todos amigos de infância. O nome da banda foi posteriormente alterado para The Red Hot Chili Peppers após os meninos começarem a fazer um moderado sucesso em Los Angeles.
Existem algumas histórias sobre a origem do nome da banda, como a de um improviso de Anthony. Segundo consta, ele estava caminhando loucasso e viu esse nome piscando em um arbusto psicodélico, que tinha formato de pimenta (não usem drogas, kids!), porém a versão que mais faz sentido é que eles todos gostavam muito de comida mexicana com bastante pimenta chili e Flea era fã da banda de apoio do cantor Louis Armstrong, os Red Hot Peppers.
No início da banda, o único que era 100% comprometido a ela era Anthony, pois Flea, Slovak e Irons tocavam em outras bandas. Isso acabou gerando alguns problemas de gravação no início, com alguns dos rapazes saindo e tornando a retornar para a banda, depois.
Infelizmente os infortúnios não pararam por aí: no meio da década de 80, Kiedis e Slovak estavam completamente absortos no uso de heroína (todo mundo tem sua fase Keith Richards, né isso?), o que atrapalhou e muito o desenvolvimento do grupo. Anthony chegou a ser "convidado a se retirar", passando um tempo na reabilitação; porém teve uma recaída e tempos depois uma tragédia acometeu os Peppers: Hillel Slovak foi encontrado morto, vítima de uma overdose, aos 26 anos. Kiedis então se isolou no México, Jack deixou a banda definitivamente e Flea se embrenhou em projetos paralelos, como participações em filmes. Tudo parecia perdido.
Mas então, ladies and gentlemen, Flea e Anthony decidem tentar novamente (glória a Deuxxx) e eis que surge John Frusciante, um talentoso guitarrista de apenas 18 anos, super fã da banda e Chad Smith, irmão gêmeo do Will Ferrell, um baterista de Detroit.
Se a melhor fase da banda, em termos de música, foi nos anos 90, nos bastidores a coisa não era muito fácil. O ritmo frenético de turnês foi algo complicado durante o período, que resultaria, entre outras questões, na primeira das saídas de Frusciante, em 1992. Vários guitarristas ocuparam seu posto - sendo Dave Navarro o mais notório deles - até seu retorno, em 1998.
Atualmente a banda continua ativa e com John Frusciante, que retornou ao grupo em 2019. Vamos ter fé que agora John fica pra sempre!

Minha opinião:

Não conheço alguém que não goste de pelo menos uma música de RHCP. Se você por acaso não gosta, procure ajuda. Sério, é para o seu próprio bem.

Música:

Os ré-de-hot lançaram até então 13 álbuns de estúdio. Os bonitos já venderam mais de 80 milhões de discos no mundo inteiro e emplacaram diversas canções como número 1 nos charts de música alternativa. A minha música favorita deles embalou muito minhas tardes solitárias nos ônibus da vida, Scar Tissue.
Primeiro single do icônico álbum Californication, de 1999, é considerada uma das canções mais bem sucedidas da banda, tendo passado 16 semanas consecutivas no topo da US Billboard Hot Modern Rock Tracks. Venceu, inclusive, o Grammy de Melhor Canção de Rock no ano seguinte. Um hino é um hino, né mores?

The feels...

2 - Backstreet Boys
Da esquerda para a direita: Howie "D" Dorough, AJ McLean, Kevin Richardson, Brian Littrell e Nick Carter.

A maior boyband da história não poderia deixar de figurar nessa lista. Sou completamente APAIXONADA pelos Backstreet Boys desde sempre.

Formado em Orlando, Flórida, em 1993, o grupo é a boyband mais antiga em atividade sem se separar oficialmente, completando 30 anos juntos em 2023 (mais do que muito casamento!). Os integrantes são AJ McLean, Brian Littrell, Howie "D" Dorough, Kevin Richardson e Nick Carter, reunidos pelo empresário Lou Pearlman (o mesmo da boyband "rival", *NSYNC, acusado tempos depois por membros de ambos os grupos de assédio sexual e de mentir sobre os lucros da banda), que os nomeou Backstreet Boys em referência ao mercado a céu aberto Backstreet, em Orlando, que era um ponto de encontro bem popular entre os jovens na época.
Os rapazes fizeram sucesso primeiro na Europa e não demorou muito para conquistarem os quatro cantos do globo. Eles dominaram as paradas no fim da década e, apesar de alguns problemas judiciais com gravadoras e empresariado, conseguiram vender mais de 130 milhões de discos até então, fazendo os haters se rasgarem, glória a Deus.
Na década seguinte, Kevin saiu do grupo, retornando em 2013 para o aniversário de 20 anos, permanecendo até hoje (graças a Deus). Os lindinhos seguem em plena atividade, tendo lançado o álbum, mais recente, DNA, em 2019.

Minha opinião:

Maior boyband da história sim e se você não concorda, problema é seu. Alcançar os feitos de BSB num tempo sem Youtube e Spotify não é para qualquer um, resta aceitar. 

Música:

A discografia dos BSB consiste em 10 álbuns de estúdio. Minha música favorita dessa época é sucesso nas festinhas até hoje com seu lendário refrão: Everybody (Backstreet's Back).
A canção é o primeiro single do segundo álbum dos rapazes, Backstreet's Back, de 1997. A música fez um estrondoso sucesso e foi uma das grandes responsáveis em potencializar a popularidade do grupo.
O clipe icônico baseado em Thriller do rei do pop, Michael Jackson, estreou em julho de 1997. O grupo acabou precisando investir dinheiro do próprio bolso para realizar o vídeo, pois a gravadora não levou muita fé no projeto. Porém, a obra-prima em questão venceu o prêmio de Melhor Vídeo de Grupo no VMA de 1999 e o resto é história. A música tem um impacto cultural bem grande, fazendo parte de diversas trilhas sonoras, inclusive do filme É o Fim, onde a banda faz uma participação especial cantando a música.

Sei dançar todinha. Não quer dizer que danço bem, tho.

3 - Oasis

Da esquerda para a direita: Tony McCarroll, Paul Arthurs, Noel Gallagher, Liam Gallagher e Paul McGuigan.

Chegamos à ala "Casos de Família" do post. Oasis foi uma banda britânica muito exitosa, seja em termos musicais, seja por polêmicas envolvendo seus membros. A formação original contava com os irmãos Liam e Noel Gallagher, Paul McGuiganPaul "Bonehead" Arthurs, e Tony McCarroll. A sugestão do nome veio de Liam, inspirado por um pôster da banda de rock inglesa Inspiral Carpets, que ficava preso na parede do quarto dos irmãos Gallagher's. Um dos locais que o cartaz listava era o Oasis Leisure Centre, na cidade de Swindon. A entrada de Noel aconteceu depois e logo ele assumiu a posição de compositor principal e líder do grupo.
Com o primeiro álbum, fizeram um bom sucesso, mas foi com (What's the Story) Morning Glory? que a fama internacional chegou. Foi nessa época que começou a batalha do Britpop, entre eles e a banda Blur, de Damon Albarn (criador também da banda virtual Gorillaz).
Após isso, a banda cof cof irmãos Gallagher começou a ter alguns problemas, que resultaria em mudanças na formação. Depois de tretas, chamar uzoto outros artistas para a porradaria, porradaria de fato, microfone arremessado, deboche em premiações, processos, dedo no cy e gritaria e etc, a banda finalmente chegou ao fim em 2009. E os irmãos seguem tretando até agora. Imagina um jantar de Natal desse povo? Apesar dos pesares, a banda vendeu cerca de 70 milhões de álbuns mundialmente, figurando na lista de recordistas de vendas.

Minha opinião:

E eu achando que os irmãos Davies (The Kinks) eram barraqueiros... Oasis é bom, mas é tanta briga que só Jesus na causa. Fora que eles falam mal de meio mundo, né? Assim não tem como defender, né amads?

Música:

A discografia da banda é composta por 7 álbuns de estúdio. A minha música favorita do período é Don't Look Back in Anger, que é basicamente o oposto do que os irmãos fizeram, mas meros detalhes.
Lançada no álbum (What's the Story) Morning Glory? de 1995, foi escrita por Noel. A canção se tornou o segundo single da banda a chegar ao topo das paradas britânicas, sendo certificada com dois discos de platina, tendo vendido mais de 1,2 milhões de CDs singles e downloads.
A música tem inspiração no trabalho de David Bowie e John Lennon e reza a lenda que Noel a escreveu enquanto estava doidão sob influência de substâncias ilegais, portanto não sabe exatamente o que significa a letra. Então tá.

Noel não entende a música, eu não entendo o clipe. Segue o jogo.

4 - Lenny Kravitz
Lenny no photoshoot de Mama Said, em 1991.

Leonard Albert Kravitz, conhecido pelo seu nome artístico Lenny Kravitz, é um músico lindo e maravilhoso estadunidense, famoso por seus hits atemporais e por frequentemente tocar todos os instrumentos em seus álbuns, atuar em alguns filmes e ter outros bem sucedidos projetos paralelos, como decoração e fotografia.
Começou a carreira no fim dos anos 80, alcançando aclamação mundial com seu segundo álbum, Mama Said, de 1991. Já produziu e colaborou com diversos artistas, que vão de Slash à Mick Jagger e Madonna à David Bowie.
No âmbito pessoal, foi casado com a atriz Lisa Bonet (que foi casado com Jason Momoa, o Aquaman no DC Universe), com quem teve a atriz Zoe Kravitz (Catwoman em Batman e Lete Lestrange na franquia Animais Fantásticos). Já namorou celebridades como Vanessa Paradis, Nicole Kidman e a brasileira Adriana Lima.
Desde o lançamento do primeiro álbum, Let Love Rule, em 1989, ele se mantém super relevante e está super ativo até hoje. Seu álbum mais recente, Raise Vibration, de 2018, ficou nas primeiras posições de várias paradas europeias e, segundo as fofocas, já está com planos de lançar o sucessor. Aguardo ansiosamente, viu amado?
Uma curiosidade sobre Lenny é que ele mantém uma fazenda imensa e de tirar o fôlego de tão linda aqui no Brasil, mais precisamente em Duas Barras, na região serrana do Rio de Janeiro (você pode dar uma olhada aqui). Também lançou recentemente seu livro de memórias e estou catando moedas desesperadamente pra adquirir o meu.

Minha opinião:

Reizinho aclamado e quem não tem Lenny na playlist, precisa colocar imediatamente. O homem é incrível!

Música:

Lenny tem uma discografia composta por 11 álbuns de estúdio. Escolher só uma música dele é muito complicado, porque se eu disse uma vez, posso dizer duas: só tem hino! Nunca errou, meu pai. Hoje, por uma decisão muito difícil (foi uni-duni-tê, sim, como cês sabem?), fico com It Ain't Over Till It's Over.
Lançada como segundo single do álbum Mama Said, logo se tornou a canção mais famosa deste trabalho e de toda a carreira de Kravitz (fonte: eu mesma). O nome da música foi inspirado por uma frase do ex-jogador de baseball, Yogi Berra, "não acaba até terminar" e a história por trás da canção tem a ver com seu relacionamento com a ex-esposa, enquanto anda estavam juntos. A música, de acordo com Lenny, foi uma tentativa de consertar as coisas no casamento, o que infelizmente não deu certo, mas pelo menos entrou no top 10 da Billboard Hot 100, o que é bastante bom também, não é?
    I mean...

A minha fantasia era te ter um dia... Opa, música errada.


5 - Robbie Williams

Robbie em 1997.
Robbie Williams, ou Robertinho para os íntimos, como eu, é um dos artistas britânicos da era moderna mais exitosos, figurando na lista dos 10 cantores mais bem-sucedidos do mundo na lista de 2016 da revista Rolling Stone, além de ser o maior vencedor de toda a história dos BRIT Awards até então, com nada mais, nada menos que 17 prêmios.
Foi integrante da boyband mais fantabulosa que já saiu da terra rainha, Take That, entre 1990 e 1995, quando foi demitido saiu devido a divergências com os demais membros (cof cof Gary Barlow cof cof), decidindo então perseguir sua carreira solo, que, não poderia ter sido diferente, foi um arraso e segue sendo até hoje.
Robbie também está entre os recordistas de venda de discos, tendo alcançado a marca de 100 milhões de álbuns, além de ser um dos artistas não-latinos mais vendidos na América Latina. O bichinho até recorde no Guinness Book teve, com a venda de 1,6 milhões de ingressos para sua turnê Close Encounters Tour.
O bonito também aprontou bastante: teve um histórico problemático com o abuso de drogas e álcool, além de grande quantidade de polêmicas, que vão desde uma treta de anos de duração com os irmãos Gallagher (que brigam com literalmente todo mundo, como eu disse), até o dedo médio ao vivaço na abertura da Copa do Mundo de 2018 (usei muito de meme).
No âmbito pessoal, ele é casado com a atriz Ayda Field e tem quatro filhos: Theodora "Teddy", Charlton, Colette e Beau. O cantor também tem sido uma grande voz sobre questões de saúde mental, após tornar pública sua batalha com a depressão. Em 2023, foi lançada a série documental Robbie Williams, onde o próprio revê momentos marcantes de sua carreira e comenta sobre sua trajetória (não quero dar spoiler, mas chorei igual uma condenada). Outra coisa muito legal é um filme sobre sua vida está sendo produzido e deve ser lançado nos próximos anos. Vamos aguardar porque estarei no cinema no dia da estreia simmm!

Minha opinião:

A minha história favorita do Robbie é a fake news de que ele estava atazanando o juízo de seu vizinho, J1mmy P4g3 (qualquer pessoa que faz isso tem cadeira cativa no meu coração porque eu não gosto dessa r4t4 1mund4), se vestindo de Robert Plant e colocando música alta. O Robbie contou num podcast que era mentira, mas que ele deixou rolar porque achou divertido. Amo uma lenda que entrega entretenimento a todo momento.

Música:

A discografia solo do Robertinho consiste em 12 álbuns de estúdio até o momento. Com canções memoráveis, é complicado escolher uma só para essa lista, porém optei pela icônica Angels.
A canção foi a grande responsável por alavancar a carreira de Robbie. Presente no álbum Life Thru a Lens, de 1997, foi escrita por ele com seu colaborador de longa data, Guy Chambers, sobre seus tios. Foi a primeira música que o duo escreveu junto e marcou o início de uma parceria de sucesso. Apesar de ter alcançado somente a 4ª posição nos charts, a música foi a votada como a melhor em 25 anos na edição de 2005 dos BRIT Awards.
AI, CHOREM COMIGO.

6 - Seal
Seal no início dos anos 90, ainda com dreads.

Dono da voz, aclamado, compositor do hino da minha vida, Seal, nascido Henry Olusegun Adeola Samuel, é um músico britânico. Filho de um brasileiro e uma nigeriana, não teve uma infância muito fácil: passou os primeiros anos de vida com seus pais adotivos, porém sua mãe biológica foi buscá-lo. Consta que ele se lembra de ter gritado no ônibus durante todo o caminho até Brixton, onde ela residia. Depois de dois anos, a mãe e o namorado decidiram voltar para Nigéria e Henry foi morar com o pai, um bombeiro com um comportamento muito violento, em Londres.
Quando adulto, formou-se em arquitetura e teve diversos empregos, antes de se tornar cantor profissional, o que só se concretizou no fim da década de 80. Em 1990, seu primeiro single, Killer, alcançou o topo das paradas britânicas, o que o fez cair nas graças do público e desde então, é um dos cantores mais importantes do Reino Unido.
Um ponto que sempre levantou muita especulação é a origem das cicatrizes em seu rosto, porém o cantor revelou sofrer de lúpus eritematoso discoide, que basicamente é uma condição em que as células do sistema imune atacam vários tecidos do corpo e uma inflamação intensa pode se desenvolver na pele, particularmente nas áreas expostas ao sol. Se não tratada com protetor solar e anti-inflamatórios, pode deixar cicatrizes, que foi o que aconteceu. A doença não só causou as cicatrizes, como também o fez perder o cabelo, porém, conforme consta, está em remissão há anos.
Seal foi casado com a modelo Heidi Klum, com quem teve 3 filhos, além de adotar a primeira filha da moça, de uma relação anterior. O casal se divorciou oficialmente em 2014, porém continuam amigos. Maturidade, né gente?

Minha opinião:

A voz desse homem é tudo! E olha que ele não achava que cantava bem. Vê se pode uma coisa dessas?

Música:

Ao longo da carreira, Seal lançou 10 álbuns de estúdio. Minha música favorita dele talvez seja a mais famosa, mas eu sempre tive um sentimento de muita identificação com ela, desde a primeira vez que ouvi, quando ainda era criança e não entendia uma palavra em inglês: Kiss From a Rose.
A música foi lançada em 1994, integrando o disco Seal II, e relançada no ano seguinte como parte da trilha sonora de Batman Forever (falem bem ou falem mal, mas eu amo esse filme horrores), do saudoso Joel Schumacher. Ela, entretanto, foi escrita muitos anos antes, em 1987. Seal disse que, depois de escrever a música, se sentiu muito envergonhado e deixou a canção para lá. Foi só em 1994 que seu produtor, Trevor Horn, tomou conhecimento dela e o convenceu de que KFAR tinha potencial.
Sobre a letra, Seal nunca explicou - e nunca vai, ao que parece. "Eu tenho evitado explicar essa letra por mais ou menos 25 anos. Não vou começar a fazer isso agora", disse ao Genius. Muita gente especula que na verdade a canção fala sobre cocaína, mas nós vamos morrer sem saber.

AI, CHOREM COMIGO DE NOVO

7 - Nirvana
Da esquerda para a direita: Kurt Cobain, Krist Novoselic e Dave Grohl.

A banda que uniu todas as tribos, Norvana foi super importante para o grunge - subgênero do rock que teve origem em Seattle, EUA, famoso pela estética despojada e por músicos com aparência desleixada, com apresentações mais "cruas" em termos de performance, em comparação ao glam rock dos anos 70, por exemplo. Formada em 1987 por Kurt Cobain e Krist Novoselic, teve alguns bateristas passando pela banda, sendo que Dave Grohl, que ingressou em 1990, foi o mais famoso deles. 
Durante os primeiros meses de existência, o grupo teve alguns nomes, estabelecendo-se como Nirvana pois Cobain disse que queria um nome bonito. De início, tiveram problemas para encontrar um baterista, por diversas razões, até conhecerem Chad Channing, por meio de um amigo em comum, em 1988.
No mesmo ano, lançaram o primeiro single, Love Buzz e, no ano seguinte, o primeiro álbum, Bleach, que fez sucesso nas rádios universitárias da época, apesar da pouca divulgação que recebeu da gravadora, o que posteriormente os levaria à DGC Records. Em 1990, a banda, trabalhando no segundo álbum, teve uma mudança na formação: Chad, descontente em não estar ativamente envolvido nas composições, deixou a banda. Neste período, diversos substitutos foram escalados, porém nenhum tinha aquele algo mais.
Eis que Buzz Osborne, da banda Melvins, apresenta Dave Grohl, que procurava outra banda desde o fim da Scream, à dupla e então a química fluiu (comentário feito sem referência a uso de drogas, parem de levar na maldade)
O álbum Nevermind foi lançado em 1991 e fez um sucesso que ninguém estava esperando, graças a Smells Like Teen Spirit, a música mais famosa do grupo. Presença frequente nas rádios e na MTV, a canção foi a grande responsável por levar o disco à primeira posição do ranking da Billboard e por transformar a Nirvana em uma banda importante na época. Com o sucesso, veio a exaustão e alguns problemas internos entre os membros, que, apesar dos pesares, seguiram trabalhando juntos.
Em 1993, lançaram o álbum In Utero, que também chegou ao topo das paradas, tendo vendido cerca de 4 milhões de cópias só nos Estados Unidos. Porém, as coisas não andavam bem e não melhoraram: no ano seguinte, Kurt teve problemas graves com o uso de drogas, que pioravam a depressão que sofria. Em 8 de abril de 1994, seu corpo foi encontrado ao lado de uma carta de despedida. Como membro do infame clube dos 27 - ao lado de Brian Jones, dos Rolling Stones, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison e, mais recentemente, Amy Winehouse -, diversas teorias rondam sua morte, como a de que ele teria sido vítima de um homicídio, mas as conspirações ficam para outra hora.
Com o falecimento de Kurt, a banda terminou. Krist formou a banda Sweet 75 e lançou-se na carreira política e Dave tornou-se líder da bem sucedida Foo Fighters.

Minha opinião:

Uniu todas as tribos mesmo, mas acho muito triste o que aconteceu com o Kurt. Acredito que se estivesse vivo, certamente ainda estaria produzindo muita coisa boa.

Música:

Nirvana teve em sua discografia 3 álbuns de estúdio. Minha música favorita dos bonitos não é Teen Spirit, por mais favorita de muita gente que seja, mas sim Come As You Are.
Sendo o segundo single de Nevermind, a canção não fez tanto sucesso quanto SLTS e mesmo assim alcançou a 32ª posição no Hot 100 da Billboard e a 9º nas paradas britânicas.
Kurt estava preocupado com a semelhança dos riffs da música com os da canção Eighties, da banda Killing Joke. A gravadora optou por lançá-la mesmo assim e acabou que Kurt estava certo, pois a banda reclamou. Diz-se que os membros do Killing Joe alegaram plágio, porém que não entraram com um processo, por razões pessoais e financeiras, segundo a revista Rolling Stone. Entretanto, há uma fofoca história que relata que a banda abriu sim o processo, mas acabou que a denúncia não foi aceita ou foi abandonada após a morte de Kurt, não se sabe ao certo.

Menina, não entendi bem o conceito do Kurt se balançando não, mas vamos rir pra socializar.

8 - blink-182
Da esquerda para a direita: Tom DeLonge, Mark Hoppus e Travis Barker.

Uma das bandas mais influentes da cena pop punk, constantemente citada como a responsável por levar o ritmo ao mainstream, Blink-182 é um conjunto formado em 1992, na Califórnia. A formação original contava com Tom DeLonge, Mark Hoppus e Scott Raynor, que nomearam o grupo como Blink, porém após o lançamento do álbum Chesire Cat, a banda foi ameaçada de processo por um grupo da Irlanda de mesmo nome. Optaram então, por acrescentar o numeral 182 ao nome. Pelo que dizem aí, a escolha foi totalmente aleatória, mas muitos fãs acreditam na teoria de que o número foi escolhido porque é o quantidade de vezes que o personagem de Al Pacino em Scarface diz a palavra fuckGente, quem parou pra contar isso?
Em 1998, a banda teve um problema com Scott, que acabou demitido, e Travis entrou em seu lugar. No ano seguinte, foi lançado o álbum Enema of the State, álbum que trouxe críticas ao grupo - houve quem dissesse que eles eram uma banda pop pré-fabricada que remotamente tinha relação com o punk e até teve quem os chamasse de piada por conta dos singles e seus respectivos vídeos -, porém que foi um grande sucesso comercial, tendo vendido cerca de 15 milhões de cópias.
A banda continuou ativa pelos anos seguintes, com algumas tensões entre os membros (normal), até entrarem em hiato em 2005. A banda voltou a se reunir em 2009, porém o clima dos rapazes principalmente com DeLonge não era dos melhores. Travis chegou a dizer que a única coisa que deixava Tom animado com relação à Blink-182 era o dinheiro. O negócio chegou ao auge quando, em 2015, se não me falha a memória, o empresário do guitarrista informou aos demais membros que ele estava interessado em passar o tempo em atividades não-musicais, vulgo caçar ETs, e sairia indefinidamente do grupo, logo após a banda ter assinado um contrato e ter agendado sessões de gravação. Lembro da treta, pois não se falava de outra coisa na internet.
Hoppus e Barker continuaram com a banda e Matt Skiba, da banda Alkaline Trio, se juntou a eles para substituir DeLonge. Até que 2022 chegou e com ele, a notícia que ninguém estava esperando, mas todo mundo esperava: Tom voltou à banda e finalmente teremos álbum novo e uma turnê mundial. Eles inclusive estarão no Lollapalooza Brasil 2024 (depois de cancelarem em 2023 e fazer todo mundo de palhaço). Veio aí, meu povo!

Minha opinião:

Esse retorno salvou o pop punk. Foi a gente que pediu simmmmmm! ALEGRIAAAA!

Música:

A discografia da banda consiste em 8 álbuns de estúdio, até o momento. Estima-se que a banda tenha vendido cerca de 50 milhões de álbuns no mundo inteiro. Minha música favorita da banda foi uma das responsáveis por tornar os meninos superestrelas: All the Small Things.
Sendo o segundo single do terceiro álbum do grupo, Enema of the State, de 1999, a música foi feita pensando nas rádios, pois o trio sentia que precisava de uma música bem chiclete e basiquinha. Composta por Tom para sua então namorada de longa data e futura esposa Jennifer Jenkins, há um trecho específico na música, “She left me roses by the stairs/Surprises let me know she cares” (“Ela me deixou rosas nas escadas/Surpresas me fazem saber que ela se importa”), baseado em um incidente real, onde ela realmente deixou rosas na escada, surpreendendo DeLonge ao retornar para casa após uma sessão de gravação (goals).
A música teve um grande impacto cultural, fazendo parte de diversas trilhas sonoras, como Charlie's Angels (Em PT-BR: As Panteras) e em Buffy, The Vampire Slayer (Em PT-BR: Buffy, a Caça-Vampiros).
O clipe é um dos mais famosos da banda, onde eles fazem paródias de algumas boybands, incluindo os Backstreet Boys. Muita gente criticou o vídeo, dizendo que eles estavam tão genéricos quanto as bandas que eles zoaram (ouch!). Apesar disso, o clipe foi um sucesso, permanecendo por 65 dias no ranking do TRL. 
Um curiosidade é que foi no set desse clipe que Mark conheceu sua futura esposa, Skye Everly, que trabalhava na MTV. Eles se casaram no fim do ano seguinte. O amor é lindo, meu Deus.

Como uma pessoa que gosta dos Backstreet Boys, me sinto ofendida por esse vídeo. Como uma pessoa que gosta de Blink-182, amo esse clipe com todas as forças.

9 - Sandy e Junior
Da esquerda para a direita: Sandy Leah e Junior Lima.

Sandy & Junior fez parte da infância de quase qualquer criança brasileira nascida entre o fim da década de 80 e o início dos anos 2000. Filhos do ilustre Xororó, da dupla com Chitãozinho, o duo formado pelos irmãos que conquistaram o país começou a carreira em 1989, com uma aparição no programa Som Brasil. Eles atraíram a atenção de gravadoras e assinaram um contrato de três álbuns, inicialmente.
Alcançando aclamação, os irmãos continuaram lançando discos sem parar durante toda a década. O sucesso foi tanto que, além da música, participaram de filmes e ganharam sua própria série de TV, que fazia nossa alegria aos domingos.
A dupla terminou em 2007, alegando vontade de seguirem em seus próprios projetos. 12 anos depois, em 2019, a dupla anunciou a turnê Nossa História, em comemoração aos 30 anos da primeira aparição na TV. O estardalhaço foi tanto que Nossa História alcançou a incrível marca de 2ª colocada no ranking de turnês mais bem sucedidas do ano de 2019 no mundo, ficando atrás apenas de Farewell Yellow Brick Road, de Elton John. U-A-U.

Minha opinião:

Donos do Brasil, a gente mora aqui de favor, é isto.

Música:

A dupla lançou 12 álbuns de estúdio durante o período em atividade. É difícil dizer que tenho uma música favorita da dupla desse período, mas já que é pra escolher, vou ficar com não riam Dig-Dig-Joy.
Dig-Dig-Joy marcou minha infância e a de muitas pessoas. É um dos singles mais bem sucedidos do álbum homônimo, lançado em 1996, que vendeu 700 mil cópias. A coreografia é uma brincadeira e a música não ficou muito tempo nas setlists dos shows, mas não importa, pois a amamos mesmo assim.

Mais uma que sei dançar todinha. Não quer dizer que danço bem.

10 - Spice Girls
Da esquerda para a direita: Victoria Beckham, Emma Bunton, Mel B, Geri Halliwell e Mel C.

As patroas de todas as girlbands, donas do Reino Unido e as mulheres que mais iludiram pessoas ao redor do mundo, Spice Girls é um grupo vocal feminino criado em 1994 no Reino Unido, responsável por grandes hinos pop e pela popularização do girl power. Com cerca de 90 milhões de discos vendidos mundialmente, são o grupo feminino mais vendido de todos os tempos. Cerca de 400 meninas participaram de audições para integrar o grupo, porém as selecionadas foram Victoria Adams, Melanie Brown, Melanie Chisholm, Geri Halliwell e Michelle Stephenson, que foi substituída por Emma Bunton pouco tempo depois.
A girlband de início se chamaria Sugar and Spice; depois, o nome foi alterado para Spice e, por fim, Spice Girls. Em 1996 as meninas lançaram Wannabe, seu primeiro single. O clipe da canção foi um instantâneo sucesso, liderando as paradas de música em 37 países e dominando as transmissões nos canais de TV sobre música, tornando-se, posteriormente, o single mais vendido por um grupo feminino na história.
Dali em diante, as meninas não saíram das posições mais altas dos charts, porém logo apareceram alguns problemas. Em 1998, Geri anunciou que estava deixando o grupo, alegando exaustão, porém as fofocas da época rumores apontaram que o real motivo foi uma briga entre ela e Mel B (vulgo o namoro "secreto" das duas acabou). A saída inesperada da cantora chocou os fãs, mas as Spice remanescentes anunciaram que continuariam com o grupo.
Em 2000, lançaram o álbum Forever e, após este, entraram em um hiato indefinido. Nunca houve uma confirmação direta sobre o fim da banda, só de crueldade com fã iludido, pois as integrantes apenas anunciaram que se dedicariam as suas carreiras solo. As lindas se reuniram em 2007 e tornaram a se separar. Entre 2010 e 2016, aconteceram reuniões esporádicas, até que em 2019 foi anunciada a segunda reunião e uma turnê pelo Reino Unido, porém sem Victoria, que afirmou não ter mais interesse em retornar ao grupo (até porque agora que tá rica sendo estilista quer negar o passado, né isso?).

Minha opinião:

DONAS! RAINHAS! ACLAMADAS! TUDO!

Música:

As Spice Girls têm na discografia apenas 3 álbuns de estúdio. Apesar de pouco material lançado, certamente as meninas deixaram sua marca na música pop britânica e mundial. A minha música favorita delas é dançante, alegre e sem muito sentido, como elas mesmas, às vezes: Spice Up Your Life.
A canção faz parte do álbum Spiceworld, lançado em 1997, e tem influências latinas e de Bollywood. Apesar de não ter sido muito bem recebida pelos críticos, fez um grande sucesso comercial, chegando ao topo das paradas. O clipe nonsense foi inspirado no filme Blade Runner, de 1982, apresentando aspectos futuristas.

Blade Runner depois da 5ª garrafa de Vodka.


Então amores, é isto! A playlist de lei está aqui, para você curtir estes e outros sucessos dos anos 90:

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Vejo vocês na próxima! 

Até mais,

Laris ;)