#myplaylist: Anos 70 - O exagero faz parte do espetáculo
A banda Queen nos anos 70 nos mostrando que ser barbeiro era difícil.
Nota Agosto/2022:
Post originalmente feito em maio de 2020 e agora atualizado. Espero que gostem!
Hey, pipous!
Continuando a série
especial de décadas no #myplaylist (você pode conferir o post dos anos 60 aqui), chegou a vez dos anos 70. Prepare-se
para muito glamour e muitas histórias babadeiras, também. Lembrando que a ordem dos
artistas apresentados é aleatória, portanto, nada tem a ver com nível de
favoritismo. Vamos lá?
Os
anos 70
Muitos acontecimentos
marcaram esse período, como os "anos de chumbo" no Brasil, o caso
Watergate nos EUA e as guerras, em especial nos países africanos, em busca da
independência. Andy Warhol, grande amigo da banda The Velvet Underground,
se tornava um expoente da pop art e do cinema experimental. E os
barbeiros sofriam pra trabalhar, já que, aparentemente, ninguém cortava o
cabelo.
A
música na década de 70
Nessa época surgiu o movimento punk, além dos subgêneros glam e hard rock, além do chato rock
progressivo e da new wave. Também ocorreu a explosão da disco
music, em grande parte por influência filme Saturday Night Fever (em PT-BR: Os
Embalos de Sábado à Noite), estrelado por John Travolta. Também rolou a
separação dos dos Beatles, as mortes de vários membros do clube dos 27 (Janis
Joplin, Jimi Hendrix e Jim Morrison, do The Doors), além do lendário baterista
do The Who, Keith Moon, e do rei do rock, Elvis Presley.
1 - Elton John
Elton na década de 70, mas poderia ser o Milton Cunha também, né?
Nascido Reginald
Kenneth Dwight, conhecido mundialmente como Sir Elton Hercules John, o primeiro artista dessa lista é uma lenda
viva da música e seu legado é impressionante. Considerado pela Billboard o
artista solo mais bem sucedido de todos os tempos, Elton John nasceu em 25 de
março de 1947, na Inglaterra. Aclamado, badalado, premiado - oscarizado, by the way -, ele já mostrava talento desde cedo, tendo começado a tocar piano com apenas 3 anos de idade (e nós nessa idade comendo terra). Quando adolescente, em meados da década de 60, fez parte do grupo Blueslogy, dando o pontapé inicial no mundo da música. Mas apenas em 1967, quando já não mais integrava o conjunto, firmaria a parceria de sucesso que marcaria sua carreira: com o letrista Bernie Taupin, responsável pela composição da maioria de seus hits e obras musicais. Foi nessa época também que Reginald adotou o nome artístico Elton John, inspirado nos nomes de 2 integrantes de sua antiga banda, Elton Dean, saxofonista, e Long John Baldry, o vocalista.
Seu grande boom foi na década de 70, na qual consolidou-se como uma das vozes mais marcantes do rock. Seu estilo único e suas músicas incríveis o tornaram um ícone, que até hoje é referência e inspiração para jovens artistas.
Como muitas celebridades da época, teve envolvimento com drogas, o que acabou causando danos em suas cordas vocais, conforme a revista Rolling Stone. Foi submetido a uma cirurgia na garganta no início de 1987 para resolver o problema. Essa intervenção fez com que ele perdesse um pitch na voz, mas nada que pudesse interromper a carreira incrível que nos encheu de hits.
Em 2019, sua vida foi levada às telonas no filme Rocketman, estrelado por
Taron Egerton (de Kingsman) no papel principal e Jamie Bell (o eterno Billy
Elliot) como Bernie Taupin. Elton ganhou o Oscar de melhor canção original por (I'm Gonna) Love Me Again e Egerton levou para casa o Globo de Ouro de melhor
ator em filme de comédia ou musical, porém foi totalmente esnobado pelo
Oscar, não recebendo indicação, gerando uma grande indignação e revolta dentro
do meu peito.
Importante destacar que ele é também um grande ícone LGBTQ+, tendo participação ativa em movimentos ao redor do mundo, além de sempre apoiar novos artistas. Lenda faz assim, né?
Minha opinião:
Glamour e boa música
andam juntos e Elton é a maior prova disso. Ele é um dos maiores artistas de sua geração e os números estão aí para provar.
Música:
A discografia de
Elton consiste em 31 álbuns de estúdio e mais de 140 singles. Ele também é responsável por trilhas sonoras de sucessos
como O Rei Leão e Billy Elliot. Minha música favorita
dele nesta década, e, talvez, de toda sua carreira, foi a grande responsável
por tornar seu nome conhecido: Your Song.
A canção foi o carro chefe do disco Elton John, o segundo de sua carreira. Como na maioria das canções de Elton, a
melodia foi composta por ele, enquanto Taupin ficou responsável pela letra. Foi
uma música escrita muito rápido: Bernie a concebeu durante um café da manhã e
Elton demorou apenas 20 minutos para compor a melodia (e eu presa nesse post há
semanas).
A música alcançou a 7ª posição das paradas do Reino Unido e figurou na lista das 500 músicas que moldaram o Rock and Roll, do Rock and Roll Hall of Fame. É considerada uma das músicas românticas mais bonitas da década, o que
é bem justo. Esteve presente em diversas trilhas sonoras, da qual destaco o
cover feito por Ewan McGregor em Moulin Rouge - Amor em Vermelho, de 2001.
Eu amo tanto, sabe? 😭😭😭
2 - David Bowie
David como sua persona Thin White Duke em algum momento entre 1976 e 1978.
David Bowie, nome
artístico de David Robert Jones, foi um cantor, compositor e ator inglês que ficou
conhecido como o "camaleão do rock", devido a sua constante renovação
como artista. Ele é tido um dos maiores nomes do
rock, não simplesmente pela sua música, mas também pela profundidade
intelectual e seu estilo único.
Como quase todos os
artistas da época, Bowie desde muito novo já demonstrava que seria uma grande
estrela. Aos 15 anos, formou a primeira banda, os Kon-rads. Daí até o fim da
década, esteve em outros grupos, tentando emplacar sucessos, não obtendo êxito.
Em 1967, lançou seu primeiro álbum solo, David Bowie, que,
infelizmente, flopou.
Porém, Bowie não
desistiu. Lançou Space Oddity, The
Man Who Sold the World e Hunky Dory, em 1969, 1970 e 1971,
respectivamente, que, à época, também não fizeram tanto sucesso comercial. Até que, em
1972, fomos apresentados à sua primeira persona, Ziggy Stardust, graças ao
grande álbum The Rise and The Fall of Ziggy Stardust and the Spiders
from Mars, que alcançou a 5ª posição nas paradas britânicas. Então, o nome
de Bowie caiu nas graças do povo, com suas músicas de grande simbolismo e suas
personas que eram tipo um "Fragmentado" em sua vida marcariam
sua carreira para sempre.
David faleceu em 10
de janeiro de 2016, dois dias após completar 69 anos e lançar seu último álbum,
Blackstar, vítima de um câncer de fígado. O legado de Bowie permanece e,
mesmo após sua morte, segue influenciando muitos artistas hoje.
Minha opinião:
Olha, poucos artistas
influenciaram tanto na música, na moda e na cultura de uma forma geral como o
Bowie. Icônico mesmo.
Música:
David Bowie possui em
sua discografia 26 álbuns de estúdio, 24 ao vivo e 128 singles. Com tantos lançamentos e singles de sucesso na
década de 70, é difícil escolher uma música só, mas depois de 30alguns minutos me decidindo, resolvi falar sobre a icônica Rebel, Rebel.
A música faz parte do
álbum Diamond Dogs, de 1974 e é considerada uma das influências ao movimento
punk, que nasceu no fim da década. Rebel, Rebel é a canção mais regravada de
Bowie, por mais de 20 artistas, que vão de Def Leppard à Seu Jorge (para o
filme The Life Aquatic with Steve Zissou [Em PT-BR: A Vida Marinha com Steve Zissou], de 2004).
Não dá pra negar, o cara tinha estilo.
3 - Bee Gees
O grupo na década de 70. Da esquerda para a direita: Maurice, Barry e Robin Gibb.
Impossível falar de
70s e não citar esse grupo que influenciou muito no ritmo da década. Bee Gees
foi uma banda formada pelos irmãos Barry, Maurice e Robin Gibb. Como
aparentemente o Reino Unido é berço de crianças prodígio, não poderia ser
diferente com os Gibb, naturais da Ilha de Man, iniciados na música
ainda pequenos, no fim da década de 50. Mudaram-se pouco tempo depois para a
Austrália e foi lá que começaram a investir pesado na música.
O sucesso demorou um
pouco para vir, já que em plena década de 60, com o estouro de Beatles, você
tinha que ser diferenciado pra se destacar. Eles voltaram pra Inglaterra,
mirando alto justamente na empresa de ninguém menos que Brian Epstein, vulgo o
empresário dos Fab Four, Bitous. Quem ouviu o pacote premiado foi Robert
Stigwood, australiano que ficou curioso com o material vindo de seu país. Ele
gostou tanto que contratou os Bee Gees e a partir daí, começou a jornada dos
"Gibb Brothers" rumo ao sucesso, porém com muitas tretas.
Após alcançarem algum
sucesso no fim dos anos 60, na década de 70 os irmãos afundaram no flop e
ressurgiram como uma fênix saindo das cinzas. Com alguns hits no início da
década, os problemas, inclusive pessoais, começaram a interferir demais na
banda: Stingwood, a essa altura, havia migrado para o mundo cinematográfico,
não ajudando muito na divulgação dos álbuns na época e Maurice estava passando
pelo processo de divórcio com a cantora Lulu, fora as drogas - que já eram algo normal de
todo artista, né isso? Seguindo o conselho do amigo Eric Clapton (todo
mundo é amigo do Eric Clapton, quase um David Brazil britânico), os irmãos
partiram para os Estados Unidos.
Lançaram álbuns que
tiveram um bom desempenho comercial, começando a entrar no ritmo que bombava lá
nas terras de Tio Sam, a disco music. Porém, o melhor estava por vir: Stingwood os
convidou para fazer a trilha sonora de Saturday Night Fever. Eles se
entreolharam e pensaram "por que não?" (na verdade, eu não
sei se eles fizeram exatamente isso, mas gosto de imaginar que sim) e,
então, o boom finalmente veio. O álbum bateu tudo quanto foi recorde de venda
na época, tendo passado um fucking ano no topo das vendas. E o resto é
história.
Atualmente, os Bee
Gees seguem figurando nas listas de artistas mais vendidos da história da música.
Barry é o único dos irmãos ainda vivo. Maurice faleceu em 2003, vítima de um
ataque cardíaco, e Robin em 2012, vítima de um câncer colorretal.
Minha opinião:
Quem nunca dançou Bee
Gees numa festinha não viveu a vida plenamente, é isso. Se você é tímido,
aproveita o seu quarto pra colocar esse som bem alto e ensaiar uns passinhos, ninguém vai te julgar.
Música:
Os irmãos Gibb
lançaram ao longo da carreira 22 álbuns de estúdio, 2 ao vivo, 12 de
compilação, 5 DVDs, 5 trilhas sonoras e 100 singles. O auge foram os anos 70,
então nada mais justo do que escolher uma canção que levou (e ainda leva, vamos
combinar) muita gente pras pistas de dança no mundo inteiro: Stayin' Alive.
Lançada em 1977,
Stayin' Alive é um hino e quem discordar, está errado. Originalmente presente
na trilha sonora de Os Embalos de Sábado à Noite, se tornou um marco da cultura
pop, aparecendo também em outros filmes, como Madagascar e Alvin and the
Chipmunks 2 (ou Alvin e os Esquilos 2), fora qualquer festa que se preze.
Uma curiosidade que
encontrei na internet é que em 2008 foi descoberto por médicos americanos
especialistas em atendimento de emergência que essa música tem o ritmo perfeito
para ser seguido durante um procedimento de reanimação cardiopulmonar (RCP) em
vítimas de ataque cardíaco. De acordo com a American Heart Association, o
número ideal de compressões de RCP varia de 100 a 120 por minuto e Stayin'
Alive tem 103 batidas rítmicas por minuto, ou seja, vai ficar vivo querendo ou
não (essa foi péssima, mas vamos ignorar e dar continuidade, por favor).
Eu vi um comentário magnífico no Youtube que dizia mais ou menos assim: "Existem dois tipos de pessoas: as que gostam dessa música e as que mentem dizendo que não". Choose your side, amgs.
4 - Queen
Queen nos anos 70. Da esquerda para a direita: Brian May, John Deacon, Roger Taylor e Freddie Mercury.
Uma banda com nome de
realeza que impactou tanto na música também não poderia ficar de fora. Fundada
em 1970 e ativa com a formação clássica até 1991, Queen foi uma banda de rock formada por Brian May, John Deacon,
Roger Taylor e ele que é considerado o maior vocalista do rock de todos os
tempos por muitos, Freddie Mercury. É uma das bandas mais bem sucedidas da história
e está entre as cinco maiores da história no ranking da revista Q.
O grupo teve um
início um tanto quanto conturbado, marcado por brigas e desentendimentos entre
os integrantes, principalmente May e Mercury. Vinham lançando material de pouca
expressividade comercial no início da década, porém foi só no meio dela que
chegaram ao auge. Em 1975, o disco A Night at the
Opera salvou a banda dos débitos, inclusive os que ele mesmo causou,
pois, pelo que consta, foi bem caro. O álbum tem influências que vão do heavy
metal ao pop, passando pelo rock progressivo e o hard rock. Considerado por
muitos o melhor álbum da banda, deu um novo sopro de ânimo aos rapazes.
Apesar disso, nas
críticas, a banda sempre patinava: ora lançava algo aclamado, ora um total
desastre (sinceramente, queria ver a opinião desse povo ouvindo música
hoje em dia, risos). À medida que iam trabalhando em novos projetos, o lado
comercial da banda ficava mais e mais evidente, enquanto as críticas
cresciam. Pra mim, implicância. Não deixe de ouvir música por conta de
críticas, já que gosto é igual a cy, cada um com o seu. O álbum News
of the World, lançado no fim dos anos 70, nos apresentou hits como We Will Rock You e We Are The Champions, duas das mais conhecidas da banda. Enquanto
the critics esculachavam, Queen estava poderosíssima hitando e that's all that
matters.
No fim da década de
80, Mercury foi diagnosticado com AIDS, um baque para todos os membros da
banda, que mantiveram o estado de saúde do músico em segredo enquanto foi
possível. Freddie veio a falecer em 1991, de broncopneumonia. Os demais
integrantes continuaram lançando projetos até 1997, quando Deacon decidiu se
aposentar dos palcos. May e Taylor, por outro lado, continuam mantendo o legado
da banda vivo, formando supergrupos como Queen + Paul Rodgers e, mais
recentemente, Queen + Adam Lambert.
Influenciando
artistas que vão desde Radiohead à Lady Gaga, a banda é importantíssima para a
cultura pop até hoje. Pudemos ver um pouco da história no filme Bohemian
Rhapsody (ou como carinhosamente é chamado pelos fãs aqui no Brasil,
"o filme do Queen"), que foi um grande sucesso, vencendo 4
categorias no Oscar 2019, incluindo melhor ator para Rami Malek, intérprete de
Freddie.
Minha opinião:
Não consigo
compreender o que se passa na cabeça de quem fala mal dessa banda. De verdade.
Tinha muito artista chato na época e Queen não era um deles, joguei aí.
Música:
A banda lançou 14
álbuns de estúdio e
62 singles. O álbum Greatest Hits de 1981 é o mais vendido na
história do Reino Unido, com mais de 6 milhões de cópias distribuídas nas
terras da rainha (olha mais um trocadilho infame aí, gente!).
Poder, não é mesmo?
Minha música favorita
desse período é uma que aprendi a amar durante meus anos de Ensino Médio, BohemianRhapsody, que curiosamente foi a primeira música de antes da década
de 90 a alcançar 1 bilhão de views no YouTube.
Freddie, Brian e
Roger queriam BoRhap como single do A Night at the Opera,
lançado em 1975, enquanto John estava temeroso com relação ao tamanho da
música, mas decidiu pagar para ver. Acabou que a música foi um sucesso, passando 9 semanas no
topo da UK Singles Chart e vendendo mais de 1 milhão de cópias até janeiro do
ano seguinte, o que foi ótimo, já que a canção figura no topo da lista de
singles mais caros já produzidos na história da música popular. E isso se chama investimento.
Existem várias
teorias sobre o que a letra da música realmente se trata, mas Mercury levou o
segredo pro túmulo. Há quem diga que é baseada em tragédias pessoais de
Freddie, há quem defenda que é inspirada na lenda alemã de Fausto. Brian May
diz que Freddie nunca explicou a letra, mas acha que ele colocou muito de si
nela. A música em si consiste em seis partes: a introdução, a balada, o solo de
guitarra, a ópera, o hard rock e a conclusão. Tantas mudanças em uma única
canção era algo completamente incomum no rock. Ícone criativo faz assim, não é
mesmo?
Quem teve oportunidade de ver a banda clássica performando esse hino ao vivo certamente zerou a vida.
5 - Dolly Parton
Dolly em 1977.
Dolly Rebecca Parton
Dean, ou, simplesmente, Dolly Parton, nasceu em 1946, no pós guerra americano.
Considerada uma das maiores artistas country da história, Dolly é uma mulher
multitalentos que vem deixando sua marca na cultura desde o fim dos anos
60. Além de cantora e compositora, Dolly também é atriz, participando de
filmes ao lado de nomes como Jane Fonda, Sylvester Stallone e Queen Latifah.
Já tinha sucessos na
década de 60, porém teve a carreira impulsionada ao participar do The Porter
Wagoner Show, em 1967, onde permaneceu até 1974. Sua parceria com Wagoner
rendeu muitos sucessos no top 10 de música country, porém Dolly almejava a
carreira solo, o que começou a ganhar forma ainda em 1974. Em 1976, ela migrou
para a música pop (e você achando que Taylor Swift foi a primeira a
fazer isso, hein @?). Em paralelo à carreira musical, Dolly também
estava na TV e em filmes, tornando-se um dos rostos mais populares da época.
Parton é a artista
country feminina mais bem sucedida de todos os tempos, tendo vendido mais de
160 milhões de cópias no mundo inteiro. Das 49 indicações ao Grammy que
recebeu ao longo da carreira, venceu 10, incluindo o Lifetime Achievement
Grammy. Ela também é uma filantropa engajada em diversas causas, que incluem
campanhas de direitos do animais e contra a AIDS. É madrinha da cantora Miley
Cyrus, tendo feito participações especiais na série Hannah Montana, entre 2006
e 2010. Em 2022 ela foi induzida no Hall da Fama do Rock and Roll junto de nomes como Pat Benatar, Carly Simon e Duran Duran.
Minha opinião:
Maior artista country
da história, uma mulher incrível, admirável, maravilhosa e é isso.
Música:
Parton lançou, até
então, 46 álbuns solo de estúdio. Minha música favorita
é Jolene, que basicamente grudou na minha cabeça como chiclete
desde a primeira vez que ouvi, há alguns anos, e que piorou quando fez parte da
trilha sonora de "A Dona do Pedaço" (sdds Josiane psycho).
Segundo a própria
cantora, Jolene, integrante do álbum de mesmo nome lançado em 1974, é sua
música mais regravada por outros artistas, como Olivia Newton-John, Miley Cyrus
e Pentatonix, versão esta que a Dolly participa, vencedora do Grammy de melhor
performance de Country por um duo ou grupo. A letra fala sobre Parton confrontando Jolene, uma mulher muito bonita, a qual é vista
como uma potencial "destruidora de lares". De
acordo com a artista, a música foi inspirada por uma situação real, onde uma
funcionária de um banco flertou com seu marido, Carl Dean, quando eles ainda
eram recém-casados. O nome e a aparência de Jolene são baseadas em uma jovem fã
de Dolly que estava próxima ao palco em um de seus shows, pedindo um autógrafo.
A música inspirou o
filme de mesmo nome, lançado em 2008, estrelado por Jessica Chastain (de Interestelar e It: A Coisa 2) e Dermot Mulroney (de O Casamento do Meu Melhor Amigo).
Jolene, Jolene, Jolene, Joleeeeeene... Não dá pra ouvir sem cantar.
6 - Kiss
A banda bem normal nos anos 70. Da esquerda para a direita: Ace Frehley, Gene Simmons, Paul Stanley e Peter Criss.
Ame ou odeie, não dá pra falar de anos 70 sem citar
uma das bandas mais famosas - não somente pela música - da época: Kiss. A banda
foi formada em 1973, por Gene Simmons e Paul Stanley, após o fim do grupo que
ambos faziam parte, o Wicked Lester. Os dois decidiram colocar anúncios no
jornal à procura de músicos, encontrando Peter Criss e Ace Frehley.
A inspiração para o nome da banda veio de um
concurso de beijo de Nova York, daí Kiss. Por anos, os membros da banda
esconderam a verdadeira identidade, usando elementos de super heróis das HQs,
personagens do teatro japonês e botas com saltos enormes que eu não
conseguiria nem andar, btw. Desta forma, tornaram-se "The
Starchild" (Stanley), "The Demon" (Simmons), "Space
Man" (Frehley) e "The Catman" (Criss), tipo Spice Girls. Esquisito? Bastante, mas deu certo.
Estouraram em 1975, com o álbum Dressed to Kill e
depois disso, muito sucesso e muita loucura. Em 1978 a banda fez uma pequena
pausa, pois pensavam muito na necessidade de se reinventar, enquanto Ace e
Peter cada vez mais consideravam a carreira solo, o que acabou acontecendo,
tempos depois.
A banda seguiu com mudanças na formação, sendo que
Stanley e Simmons são os únicos da formação clássica. Atualmente a banda está em sua turnê de despedida, que está prevista para terminar em 2023.
Minha opinião:
Gene Simmons tem a língua mais famosa do rock, mais
até do que a logo dos Stones; quem concorda, respira.
Música:
A banda lançou, ao longo da carreira, 20
álbuns de estúdio e 60 singles. Minha música favorita deles é a clássica dos
karaokês, Rock and Roll All Nite, lançada no álbum Dressed to
Kill, de 1975.
Considerada como um dos maiores hits do Rock, a canção,
segundo os membros do Kiss, é a visão da banda sobre o que era viver no mundo
do rock, fazendo referência a elementos de sensualidade e rebeldia dos jovens
que procuravam viver a vida intensamente, o que a tornou um marco.
Não, não é um delírio coletivo. Ou é.
7 - Bob Marley & the Wailers
Bob (ao centro) e sua banda, The Wailers, nos anos 70.
Se alguém diz que não conhece Bob Marley, a gente certamente pergunta
debaixo de qual pedra a pessoa mora. O que muita gente não sabe é que Bob foi
membro de uma banda antes de receber algum destaque: The Wailers, ao lado de
Peter Tosh e Bunny Wailer. Após eles abandonarem o grupo, Bob fez uma
reformulação, convocando músicos para formar Bob Marley & The
Wailers: os irmãos Ashton e Carlton Barrett, que já tocavam com Marley,
no baixo e bateria, respectivamente; Junior Marvin e Al Anderson na guitarra solo;
Tyrone Downie e Earl Lindo no teclado; Alvin Patterson na percussão e as I
Threes, formadas por Rita Marley, esposa de Bob, Judy Mowatt e Marcia
Griffiths, nos backing vocals.
A banda clássica permaneceu em atividade de 1973 à 1981, ano da morte de
Marley, vítima de um melanoma. Bob se tornou uma lenda e foi um dos maiores
responsáveis pela popularização do movimento rastafári (que vai muito
além da maria joana). Ele é considerado o rei do reggae, uma das
maiores vozes do povo pobre e oprimido e também uma figura mítica, pelos fãs.
Minha opinião:
Tira todo o preconceito de dentro de você e vá ouvir essa banda agora!
Sério, as letras das músicas são um sopro de esperança em meio à tanta coisa
estranha no mundo. O impacto da figura de Bob no mundo é inegável, por mais que
muita gente tente distorcer, rebaixando-o a um mero cantor que fumava.
Bob é muito mais do que isso, ok? E sobre as drogas, tem muito artista que fez
pior e não é lembrado por isso, então menos, bem menos, gente.
Música:
Desde 1962, The Wailers conta com 13 álbuns de estúdio e 133 singles até o
momento. The Wailers continuou após a morte de Bob, mas a briga judicial entre
a banda e a família Marley é real. Apesar das tretas, Bob vendeu mais de 75
milhões de discos e certamente deixou sua marca no mundo da música.
Minha canção favorita é Is This Love?, integrante do álbum Kaya, de
1978. Sendo uma das mais conhecidas de Bob, alcançou a 9ª posição das paradas
na ocasião de seu lançamento e ganhou um clipe, filmado em Londres. A modelo
Naomi Campbell, então com 7 anos de idade, aparece no vídeo.
Bob Marley é um estilo de vida, amém.
8 - Rita Lee
Rita na capa de seu disco "Build Up", em 1970.
Pra quem acha que eu
não gosto de artista brasileiro, racha a cara aí, trago a
única e inigualável Rita Lee Jones. Uma das mulheres mais influentes e maiores cantoras do Brasil,
suas músicas se tornaram figurinha carimbada nas paradas do país. Ela foi
integrante dos grupos Os Mutantes, entre 1968 e 1972, e Tutti Frutti, entre 1973
e 1978, migrando depois para uma bem sucedida carreira ao lado do parceiro e
love da vida Roberto de Carvalho, a quem conheceu em 1976.
Em 1975, lançou o
disco FrutoProibido, alcançando consagração nacional. Muita gente considera
esse disco como a maior obra-prima da carreira de Rita, tornando-se um manual
do rock brasileiro. O disco vendeu 700 mil cópias e ganhou certificado de
platina duplo. Após esse sucesso todo, ela ganhou o título de rainha do rock
brasileiro.
Em agosto de 1976,
durante a primeira gravidez, foi presa por porte e uso de maconha. Muita gente
acha que foi um ato do regime militar simplesmente para dar uma lição na
juventude da época, pois Rita alegou que havia parado de usar drogas em
decorrência da gravidez. Ela foi condenada e cumpriu um ano de prisão
domiciliar, precisando de permissões especiais na justiça para sair e fazer
shows.
Seguiu produzindo
muita música boa até 2012, quando anunciou aposentadoria dos palcos. Desde
então, ela vem fazendo aparições esporádicas na mídia. Em 2016 lançou seu livro "Rita Lee: uma autobiografia", pelo qual ganhou prêmio
da APCA como melhor autora do ano.
Rita nos deixou em maio de 2023, após uma longa batalha contra um tumor no pulmão. Sua obra e legado seguem vivos, inspirando milhares de artistas e mulheres no Brasil.
Minha opinião:
Rainha. Do. Rock.
Ponto final. Não tem outra que chegue aos pés, não adianta.
Música:
Sua discografia foi composta por 30 álbuns de estúdio, 7 ao vivo, 1 de tributo, 7 compilações, 2
trilhas sonoras, 3 EPs, 4 DVDs, 81 singles e 32 music videos, lançados ao longo
de mais de 40 anos de estrada. Entre tantas músicas de sucesso numa carreira
verdadeiramente estelar, é difícil escolher uma só, porém fico com uma que é
considera uma de seus maiores sucessos, OvelhaNegra.
Integrante do disco
FrutoProibido, de 1975, foi o último single do álbum e inesperadamente se
tornou um grande sucesso, chegando à primeira posição das paradas naquele ano.
Segundo a revista Rolling Stone, OvelhaNegra foi a primeira música a citar o
evento "filhos saindo da casa dos pais" e, por isso, teve uma
repercussão estrondosa.
Uma boneca ♥
9 - Stevie Wonder
Stevie na década de 70.
Esse talvez seja o
cara mais incrível dessa lista. Stevie Wonder, nascido Stevland Hardaway
Judkins (posteriormente alterado para Stevland Hardaway Morris, quando adulto),
em 13 de maio de 1950, é um cantor, compositor e ativista estadunidense, ativo
desde o início da década de 60, quando assinou contrato com a Tamla Records
(selo da grande Motown) aos 11 anos de idade (e nós comendo terra ainda).
Terceiro de seis
filhos, nasceu prematuro em seis semanas. Devido a isso, teve descolamento de
retina, o que causou-lhe a cegueira. Mas se acha que isso foi um problema para
Stevie, você se engana. Empecilho, talvez. Problema, não.
Descoberto por Ronnie White, do grupo
The Miracles, foi apresentado ao CEO da Motown, Berry Gordy, que ficou
impressionado com o talento do jovem e já quis que ele assinasse contrato,
lógico. Não é todo dia que você uma criança extraordinária como Wonder, não é?
Lançou seus primeiros trabalhos em 1961 e 1962, alcançando moderado sucesso.
No início da década
seguinte, Stevie ganhou notoriedade pelo lançamento de seu álbum Talking Book,
que tocou inclusive nas rádios de rock. Wonder excursionou com os Rolling
Stones, na The Rolling Stones American Tour 1972, o que colaborou para o
aumento da popularidade de suas canções.
Em 1973, sofreu um terrível acidente,
onde uma grande tora de madeira caiu no carro em que estava. Stevie teve graves
traumatismos na cabeça, ficando em coma por 4 dias. Ele posteriormente se
recuperou, porém ficou com algumas sequelas, como anosmia e uma perda
temporária de paladar. Apesar disso, ele conseguiu continuar fazendo música e,
não somente isso, alcançando o topo das paradas.
Stevie é tido como um
dos maiores artistas negros da música mundial, tendo vencido 25 prêmios Grammy
em toda a carreira, um recorde. Super engajado em movimentos sociais, compôs
canções famosas, como You Haven't Done Nothin', um protesto político
que tinha como alvo Richard Nixon (Opa, Watergate!).
Recentemente na internet surgiu um burburinho de que Stevie enxergava e criou um personagem durante todos esses anos. Amores, isso é totalmente fake news. O Stevie é realmente cego. Espero ter contribuído com menos uma disseminação de mentiras na rede, beijos.
Minha opinião:
O cara é brabo
demaaaaaaaais. É aquilo, né? Quem acredita em talento natural, como eu, acha esse homem um deus.
Música:
Wonder lançou 23
álbuns de estúdio, até o momento. O mais recente foi A Time to Love, de 2005. Seguimos aguardando
novidades aqui, hein sr. Stevie!
Minha música favorita
dele foi justamente a que abriu muitas portas pra essa estrela brilhar: Superstition.
Lançada em 1972 no álbum Talking Book, a música descreve superstições
populares e seus efeitos negativos. Chegou ao número 1 da Billboard Hot 100 e à
11ª posição dos UK Single Charts no ano seguinte.
Ele é incrível. That's it.
10 - Earth, Wind & Fire
Como vocês podem ver, é um grupo com muuuuuitas pessoas e eu, infelizmente, não sei o nome de todos. Ralph Johnson está no canto da esquerda, Maurice White ao centro, com os braços - aparentemente - cruzados; à sua esquerda, Philip Bailey e à sua direita, seu irmão, Verdine White.
Fechando a lista, um
grupo muito famoso, que ficou mais ainda graças ao
"pariá" do Molejo (ícones), Earth, Wind & Fire é uma
banda americana fundada em 1969 por Maurice White. Diversos músicos passaram
por ela, que alcançou o auge do sucesso no fim dos anos 70.
Maurice começou ainda
adolescente na música, trabalhando como baterista em uma gravadora. Em 1969 ele
se junta a dois amigos e forma o "Salty Peppers", que ele logo muda o
nome para "Earth, Wind & Fire", nome baseado em seu signo, Sagitário.
Segundo a astrologia, o signo de sagitário tem como elemento de regência
natural o fogo e regências sazonais em terra e vento.
A formação que
alcançou o sucesso na década de 70 era composta por Maurice e seu irmão
Verdine, Jessica Cleaves, Ronnie Laws, Roland Bautista, Larry Dunn, Ralph
Johnson e Philip Bailey.
A banda se tornou
internacionalmente conhecida em 1975, graças a trilha sonora do
filme That's The Way Of The World. Mesmo a película tendo flopado, as
músicas garantiram ao grupo um Grammy na categoria de melhor álbum de funk.
Dali em diante, a banda foi lançando sucesso atrás de sucesso.
EWF continua na ativa
hoje, tendo como principais membros Philip Bailey, Verdine White e Ralph
Johnson. Maurice faleceu em 2016, por complicações decorrentes do mal de
Parkinson, que sofria desde a década de 90.
Minha opinião:
QUE HOMENS! Só
musicão.
Música:
EWF tem em sua
discografia 19 álbuns de estúdio, 5 ao vivo, 12 de compilação, 19 DVDs e 57
singles desde 1970. A minha favorita é a favorita de muita gente nesse mundo a
fora: September.
A música, um instant
hit da disco music, foi produzida especialmente para uma campanha da Unicef em 1978 e chegou à 1ª posição do
US Billboard Hot R&B Songs, além da 3ª posição no UK
Singles Chart e a 8ª no Hot 100 da Billboard. Até setembro de
2017, foram vendidas 2 milhões de cópias digitais da música.
September é bem
famosa no Reino Unido por ser base de vários cânticos de torcida por lá. Além
disso, a música pode ser ouvida em diversos filmes, sendo um deles Trolls, que contém uma versão cantada por Justin Timberlake e Anna Kendrick,
junto da banda.
PARIÁ!
Então, amores, é isto. Sem sombra de dúvidas a música nessa década fez
muita gente bater os longos cabelos, sacudir as booty-booty e ousar muito no
look. Pra você que ficou com um gostinho de quero mais (e pra você que
não ficou: procure ajuda), deixei uma playlist linda aqui pra você se
acabar com o melhor da década:
Espero que tenham
gostado e se preparem, pois next temos The 80's: a década que a gente dos anos
90 gostaria muito de ter vivido.
Vejo vocês em breve,
até porque escrever esse tipo de post é mais trabalhoso do que parece, lol.
Sobre a Autora
Larissa C. 29 anos, carioca, apaixonada por música e fascinada pelo poder das palavras.