Mais uma noite em que me viro na cama, sem conseguir pegar no sono. Pego-me olhando para o teto e pensando no quanto a insônia tem me acometido e em como minha própria cabeça tem me castigado.
As coisas mais simples tornaram-se um desafio diário: muitas vezes, sinto o ânimo faltar até para levantar da cama; as mais complexas, gatilhos para crises: pensar em trabalho já é o suficiente para me deixar tremendo e com dores de cabeça. No meio peito, martela uma sensação de "empurrar a vida com a barriga".
Porém, comecei a refletir sobre tudo o que vivi até aqui. Tudo o que aconteceu e o que vem acontecendo. Parei de me perguntar os porquês e comecei a ver a situação, de fato. Entendi que, agora, pelo meu bem, o porquê não é de extrema importância.
De fato, em alguns dias, há uma dificuldade muito grande da minha parte em aceitar as coisas como estão. Tento constantemente fugir da realidade, porém não há para onde fugir. A realidade é esta e, querendo ou não, em algum momento, deve ser encarada.
O que estou fazendo por mim mesma?
Pensar em coisas que me deixam agitada e não me ajudam em nada, a não ser para aumentar meus níveis de estresse e ansiedade, bem como os sentimentos de impotência e tristeza? Assistir coisas que potencializam meus medos e emoções negativas a troco de saber das coisas ou ter o que conversar?
Pela minha saúde mental, não vale à pena.
Eu realmente prefiro não ver nada, não saber de nada e estar sã a ver e saber de tudo, tendo crises e ataques de ansiedade e pânico todos os dias.
Atualmente, priorizei o meu bem-estar e sei que estou fazendo a melhor escolha. No fundo, cada um sabe o que é melhor para si e a melhor forma de se cuidar e, hoje, estou fazendo exatamente isso: me cuidando.